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9 de julho de 2010

Terceiro dia de Seminário problematiza Políticas de Comunicação e Imprensa Operária

O I Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação continuou ontem a série de debates sobre o estudo das comunicações no Brasil pela perspectiva da linha Crítica à Economia Política. Dessa vez, os temas centrais da discussão foram políticas públicas de comunicação e imprensa operária. Os professores Luiz Momesso, da Universidade Federal de Pernambuco, e Osvaldo Maciel, da Universidade Federal de Alagoas, junto aos membros do Grupo Comulti, jornalista Júlio Arantes e estudante Shuellen Peixoto, relataram seus conhecimentos na área.
Júlio Arantes iniciou os trabalhos da noite com o perfil Políticas de comunicação: memórias e efeitos de sentido. De acordo com o jornalista, as políticas públicas se desenvolvem próximo às mudanças do capital, de modo a atender não só às demandas da sociedade civil, mas principalmente às do capitalismo. “A matriz de sentido dessas políticas é a Formação Ideológica do Mercado. Mesmo quando se referem a princípios educativos e culturais, é preciso perceber que elas têm no Mercado, a sua matriz ideológica”, explica Arantes.
Dialogando com a desconstrução da matriz ideológica capitalista na comunicação, o professor Luiz Momesso narrou em sua fala a história da imprensa operária no Brasil. Do auge de suas quatro décadas de militância na mídia sindical, Momesso mostrou preocupação com a desvalorização do papel formador da imprensa contra-hegemônica nas entidades classistas.
“A profissionalização da comunicação sindical no final dos anos 70 foi positiva porque aumentou a força da imprensa operária. No entanto, este modelo de comunicação separou, com o passar do tempo, a produção do conteúdo jornalístico da militância política. Acaba assim a relação de militância pelo jornal”, diz Momesso, que chegou a ser preso pela ditadura militar por produzir jornais de fábrica.
O cuidado com a memória da Imprensa Operária também foi lembrado pelo historiador Osvaldo Maciel. Pesquisador da história da classe trabalhadora no Brasil, com ênfase em Alagoas, Maciel estuda quatro jornais operários do estado do final da década de XIX e início do século XIX. São eles: Gutemberg, O Trocista, Semana Social e Jornal do Partido Comunista, seção Alagoas.
 “As elites cuidam ciosamente da sua memória midiática, mas nós não vemos os sindicatos se preocuparem com a comunicação produzida por seus antecessores”, relata Maciel. O professor revelou que muito do seu material de estudo só existe graças à organização pessoal de alguns militantes e pelos arquivos de órgãos repressores do período militar, que recolhiam os jornais de esquerda.
Ainda no resgate dessa memória operária em Alagoas, a estudante Shuellen Peixoto apresentou as suas pesquisas sobre o jornal Semana Social, que circulou pelo estado em 1917. Peixoto informou que o jornal tinha textos de Antonio Canellas, Octávio Brandão e Astrogildo Pereira. As temáticas das matérias passavam pela carestia da vida em Maceió, o abuso da autoridade da polícia com a população e a mobilização de trabalhadores. Em algums espaços, o jornal era lido oralmente e de modo coletivo em virtude do alto índice de analfabetismo.
SEMINÁRIO ENCERRA HOJE                                          
O I Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação, realização do Núcleo de Crítica à Economia Política da Comunicação do Comulti, realiza a sua última noite de atividades com um espaço de avaliação do evento e discussão de propostas para a continuidade dos estudos no campo para os próximos meses. O evento é realizado no Teatro Linda Mascarenhas (ao lado do Cepa) e tem início às 19h.
 Texto: Rafael Cavalcanti (Cepcom-Comulti)

8 de julho de 2010

Pesquisadores debatem uso das novas tecnologias para comunicação popular

O segundo dia de atividades do I Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação trouxe  como tema de discussões as possibilidades de a convergência midiática ser utilizada para a produção de conteúdos contra-hegemônicos. Os professores Valério Cruz Brittos, Antônio Freitas e Bruno Lima Rocha facilitaram este painel do evento, realizado no Teatro Linda Mascarenhas na noite de ontem (08).
Líder do grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS/Unisinos-RS), Valério Brittos analisou as polêmicas do tema em pauta através do perfil “Convergência Digital: tecnologia e conteúdos na fase da multiplicidade da oferta”. Segundo ele, o tema apresenta divergências inclusive para os proprietários dos meios de comunicação, que possuem restrições a algumas das novas tecnologias de informação e comunicação criadas, a exemplo da otimização do uso da TV digital.
Brittos destacou ainda que as inovações modificam o aspecto tecno-estético das produções, por mais que sejam utilizadas para benefício do sistema. Porém, cabe a nós, pesquisadores críticos, pensarmos as inovações de uma outra forma. “O que a gente tem que pensar são produções tecno-estéticas alternativas. O desafio é pensarmos que de forma produzir essas mídias mesmo com um grau de controle social muito grande”, afirma.
Dando continuidade às apresentações, o líder do Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão Comunicação Multimídia (Comulti/UFAL), Antônio Freitas, fez um balanço histórico dos gêneros de discurso midiático e suas interfaces produzidas ao longo dos anos.
Freitas comentou que os comunicadores trabalham diretamente com a superestrutura ideológica, entendendo a linguagem como elemento fundamental para atender as necessidades concretas através do mundo simbólico. Assim, segundo ele, “quanto mais capital, mais condições de produção de mercadorias, mais condições de distribuição e maior propagação do discurso”.
Por fim, o cientista político Bruno Lima Rocha, também pertencente ao Grupo CEPOS (Unisinos-RS), apresentou estudos de casos de utilização popular das novas tecnologias da informação, de forma a radicalizar a democracia através da comunicação não-estatal.
Bruno acredita que a comunicação alternativa latino-americana é muitas vezes superior a de países desenvolvidos. Para ele, “estamos sob a ditadura da burrice instrumental, pois o conteúdo é baixo, mas o marketing para este conteúdo é muito bom. É isso que a nossa Academia brasileira repete como teoria”.
O pesquisador gaúcho fez questão de frisar que as novas mídias estão sujeitas às mesmas limitações de mídias tradicionais: “A revolução comunicacional é atravessada por multinacionais”.
SEMINÁRIO CONTINUA HOJE
O I Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação, realização do Núcleo de Crítica à Economia Política da Comunicação do Comulti, prossegue hoje com o perfil “Por uma comunicação contra-hegemônica: história, limites e perspectivas”. O evento é realizado no Teatro Linda Mascarenhas (ao lado do Cepa) e tem início às 19h.

Texto: Anderson Santos (Cepcom-Comulti)

7 de julho de 2010

Linha crítica da comunicação é destaque em Seminário Alagoano

Palestrantes abordaram a influência dos meios de comunicação na reprodução do sistema capitalista

Teve início nesta terça-feira (6) o I Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação, organizado pelo Grupo de Pesquisa e Extensão Comunicação Multimídia (Comulti). O primeiro dia de debates contou com a participação dos professores José Marques de Melo e César Bolaño, além do Mestre em Comunicação Tiago Zaidan, num painel sobre a linha crítica da Economia Política da Comunicação (EPC). O evento segue até sexta-feira (9), das 19 às 22 horas, no Teatro Linda Mascarenhas (ao lado do Cepa). 

Em sua apresentação, o professor José Marques de Melo (Cátedra Unesco/Universidade Metodista de São Paulo) traçou um panorama da Economia Política da Comunicação, desde o seu surgimento na Europa, no final do século XX , até sua aparição na América Latina, nos anos 60. Em sua abordagem, José Marques destacou as diversas correntes do pensamento da EPC, entre elas a linha marxista. 

“Na Economia Política da Comunicação podemos encontrar duas vertentes; uma pragmática, corrente mais preocupada com as implicações práticas da comunicação, e a outra crítica, que se dedica a questionar as estruturas vigentes”, explicou Marques. De acordo com ele, a compreensão dos fenômenos da comunicação pela ótica materialista dialética se fundamenta no papel que os meios exercem sobre o processo de acumulação do capital. 

Em seguida, o professor César Bolaño (ALAIC/Universidade Federal de Sergipe) resgatou o conceito de Indústria Cultural na perspectiva crítica da Economia Política da Comunicação. Ele explicou que a primeira ciência social foi a Economia Política, surgida no século XIX com o intuito de justificar a economia liberal. 

De acordo com Bolaño, a linha crítica da EPC surge no século XX, a partir dos estudos relativos à Indústria Cultural, como resposta ao capitalismo, sob o comando norte-americano. “A Indústria Cultural faz a mediação entre os poderes e a massa, elas cumprem um papel de reprodução ideológica”, completou ele. 

Por último, o integrante do núcleo de Crítica à Economia Política da Comunicação do Comulti Tiago Zaidan abordou o golpe de 64 e a disputa pelo poder através dos veículos de comunicação, analisando o caso da mídia impressa alagoana. Na explanação, Zaidan apresentou a ligação de jornais como a Gazeta de Alagoas com a elite política apoiadora do Golpe Militar de 1964. De acordo com ele, houve forte participação da mídia impressa alagoana em torno dos objetivos defendidos pelo movimento modernizante- conservador que deflagrou o Golpe.
 
SEMINÁRIO
 
O I Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação prossegue hoje, com o painel "Convergência Midiática e suas possibilidades de uso popular, com as apresentações dos professores Valério Cruz Brittos (Cepos/Unisinos- RS), Antônio Freitas (Comulti/UFAL) e Bruno Lima Rocha (Cepcos/Unisinos- RS).

Texto: Edja Jordan (Cepcom-Comulti).

5 de julho de 2010

Informações sobre o I Seminário Alagoano de EPC

O que é?
O I Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação tem como objetivo propiciar um espaço de discussão com alguns dos mais importantes estudiosos da Comunicação Social sob a base teórica da Economia Política da Comunicação. Durante o seminário serão debatidas questões de âmbito nacional, a fim de travar debates sistemáticos e despertar uma visão crítica e intelectual das influências e interferências dos meios de comunicação na vida cotidiana da população.

Quando?
O evento ocorrerá desta terça-feira (06 de julho) a sexta-feira (09 de julho), sempre a partir das 19h.

Onde?
Teatro Linda Mascarenhas, que fica dentro do complexo do Instituto Zumbi dos Palmares, ao lado do Cepa. Av. Fernandes Lima, Farol.

Quem apresentará trabalhos?
Pesquisadores da Comunicação Social dos mais importantes para os estudos nacionais, casos dos professores César Bolaño (presidente da ALAIC) e Valério Brittos (vice-presidente da ULEPICC), assim como pesquisadores alagoanos com produções ligadas à teoria da Economia Política da Comunicação, como os membros do Núcleo de Estudos Cepcom-Comulti.

Como se inscrever?
Pode-se realizar a inscrição através de depósito de R$ 10 na conta (Caixa) 27748-0, agência 2404, operação 013, em nome de Júlio Arantes Azevedo, com os dados de depósito enviados ao e-mail cepcom.al@gmail.com; ou no dia do evento. Porém, pedimos para que quem optar pela segunda opção chegue, ao menos, às 18h30, a fim de não entrar depois do evento iniciado. O participante terá direito a certificado de 20h.

Realização
Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão Comunicação Multimídia (Comulti/CNPq/UFAL), através do Núcleo de Estudos de Crítica à Economia Política da Comunicação (Cepcom-Comulti). O Cepcom-Comulti realizou um minicurso de introdução sobre EPC no final do ano passado na UFAL e teve trabalhos apresentados, dentre outros, no I Colóquio Internacional “Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento” (2008) e no XII Intercom-NE (2010).

Apoio
Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Instituto Zumbi dos Palmares (IZP) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

4 de julho de 2010

Integrantes do Comulti vão apresentar estudos sobre imprensa alagoana e políticas de comunicação no Seminário Alagoano‏

Integrantes do Grupo de Pesquisa e Extensão Comunicação Multimídia (Comulti) também darão relevante contribuição para os debates do Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação. Durante a semana do evento, a estudante de graduação Shuellen Peixoto, o mestrando Júlio Arantes e o Mestre Tiago Zaidan, além do coordenador do Grupo, professor PhD Antônio Freitas, vão apresentar os estudos que vêm realizando na perspectiva crítica da comunicação. A atividade ocorrerá entre os dias 06 e 09 de julho, às 19h, no Teatro Linda Mascarenhas (ao lado do Cepa).

Na terça-feira (06), Tiago Zaidan discursará sobre a disputa pelo poder através da mídia impressa alagoana durante o golpe de 1964, trabalho fruto de dois anos de pesquisa de sua dissertação de mestrado. Zaidan obteve o título de mestre, ainda este ano, por meio do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Graduou-se em Comunicação Social, com habilitação em Relações Públicas, pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e atualmente é articulista do portal da revista Profissão Mestre.

Na quarta-feira (7), o professor Antônio Freitas vai abordar a temática “Os gêneros do discurso midiático contemporâneo e suas interfaces”. Freitas é Pós-Doutorado em Mídia e Educação, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCE/UP - 2007). Em 2002 doutorou-se em Linguística e em 1996 obteve o título de mestre em Letras, ambos pela UFAL, onde também se especializou em Língua Portuguesa (1994). Sua graduação foi na área de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no ano de 1981. Atualmente é Professor adjunto e vice-coordenador do Curso de Comunicação Social da UFAL.

Quinta Feira (08), Júlio Arantes e Shuellen Peixoto vão discutir sobre políticas da comunicação e imprensa operária em Alagoas, respectivamente, num painel que converge para a história, limites e perspectivas no sentido de uma comunicação contra hegemônica.

Arantes é mestrando em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Alagoas. Também pela UFAL especializou-se, no ano de 2008, em Processos Midiáticos e Novas Formas de Sociabilidade e em 2003 graduou-se em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo. Desde 2004, atua como jornalista na TV Educativa de Alagoas.

Shuellen Peixoto é estudante de graduação da UFAL, no curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Desde sua entrada na Universidade teve forte atuação no movimento estudantil. Entre 2007 e 2009, militou em entidades como o Diretório Acadêmico Freitas Neto, a Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social e o Diretório Central dos Estudantes da UFAL, pelo qual foi representante discente no Conselho Universitário.

Historiador debate Imprensa Operária em Alagoas no Seminário Alagoano de EPC‏

O historiador Osvaldo Baptista Maciel, pesquisador da história da classe trabalhadora no Brasil, com ênfase em Alagoas, é mais um dos professores convidados para o I Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação, que será realizado nos dias 06 a 09 de julho, às 19h, no Teatro Linda Mascarenhas. 
 
Maciel estará presente no Painel “Por uma comunicação contra-hegemô nica: história, limites e perspectivas”, que ocorrerá no dia 8 de julho, abordando a história da imprensa operária em Alagoas, um dos seus objetos de estudo.
 
CURRÍCULO
O professor Osvaldo Maciel é graduado em História pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), e possui mestrado e doutorado (este, em andamento) na mesma área, pela Universidade Federal de Pernambuco. 
 
Docente da UFAL e da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), Maciel possui dois livros publicados sobre a história da classe trabalhadora alagoana. É também membro dos conselhos editoriais das seguintes revistas: Revista Mundos do Trabalho, Revista História e Luta de Classes e Revista Crítica Histórica.

Momesso versará sobre Comunicação sindical e contra-hegemonia

A fala pausada e tranqüila e a simplicidade do ex-metalúrgico Luiz Momesso cativam qualquer interlocutor. Diante da postura humilde deste paulista radicado em Pernambuco, um desavisado, talvez, não consiga vislumbrar a grande bagagem intelectual e o invejável currículo acadêmico do professor que tem pautado a sua vida acadêmica com militância.

Docente do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde leciona cadeiras como Teoria da Comunicação, Sociologia da Comunicação e Estudos de Representações Sociais, Momesso chegou a ser preso durante a ditadura militar. Preço pago pelo seu engajamento e relacionamento com os movimentos sociais.

Jornalista por formação, desde 1978, Momesso é mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) – onde desenvolveu pesquisa sobre o jornal sindical O Metalúrgico, de São Paulo.

A paixão pelo tema o conduziu ao doutorado em Ciência da Comunicação, encetado na Universidade de São Paulo (USP), onde gestou a pesquisa Comunicação Sindical: limites, contradições e perspectivas. O trabalho foi publicado em 1997, com o mesmo título, pela editora da UFPE.

Intelectual orgânico, Momesso foi sindicalista nos tempos de metalúrgico no ABC paulista. Não à toa, o interesse pelo campo da Comunicação Sindical vem influenciando sua atuação na academia. Luiz Anastácio é líder do Núcleo de Documentação sobre os Movimentos Sociais, grupo vinculado à Universidade Federal de Pernambuco que atua nas linhas de pesquisa Comunicação, Movimentos Sociais, Política e Direitos Humanos.

O professor cearense é, ainda, organizador das coletâneas Cadernos de Direitos Humanos, volumes I e II, publicados pela editora 8 de Março, de Recife, em 2003 e 2005, respectivamente.

A partir do dia 6 de julho, Luiz Momesso estará em Maceió, como um dos professores convidados a participar do I Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação, que se estenderá até o dia 9 e será realizado no Teatro Linda Mascarenhas, às 19h.




* Errata: Luiz Momesso nasceu em São Paulo, mas morou no Ceará por alguns anos, ao contrário do que constava anteriormente: "Diante da postura humilde deste cearense radicado em Pernambuco".

Cientista político falará sobre apropriação das novas tecnologias da informação pelos setores populares no Seminário Alagoano de EPC‏

Mais cientista político do que jornalista, como prefere ser intitulado, o professor Bruno Lima Rocha Beaklini é um dos professores convidados pelo I Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação, que será realizado nos dias 06 a 09 de julho, às 19h, no Teatro Linda Mascarenhas. Bruno estará no painel “Convergência Midiática e suas possibilidades de uso popular” para falar da apropriação das novas tecnologias da informação pelos setores populares da sociedade.

Nascido no Rio de Janeiro, mas radicado no Rio Grande do Sul, o cientista político é colaborador do Blog do jornalista Ricardo Noblat e da Revista Voto, além de editar o sítio virtual Estratégia e Análise (www.estrategiaeanalise.com.br), onde posta diariamente artigos críticos sobre o cotidiano da política nacional e mundial. Também é editor do jornal Repórter Popular e analista associado ao portal venezuelano Barómetro Internacional. Como comunicador, Bruno atua em rádios comunitárias da região metropolitana de Porto Alegre.

Currículo acadêmico

Docente e pesquisador, Bruno trabalha atualmente no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), onde também é professor colaborador na cadeira Economia Política do Audiovisual/Convergência Digital. Como pesquisador, coordena atividades de campo em investigação de profundidade sobre a convergência digital em regiões periféricas. Assim como o professor Valério Cruz Brittos, integra o Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (Cepos).

O cientista político é vogal da diretoria do Capítulo Brasil da União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (Ulepicc-Brasil) e participa do Grupo de Pesquisa Emerge, da Universidade Federal Fluminense, sob a coordenação do professor Adílson Cabral. Tem experiência nas áreas de Comunicação Social e Ciência Política, com ênfase em Pensamento Político-Estratégico Latino Americano, Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura e Teoria da Radicalização Democrática.

Bruno é um dos pioneiros na formulação contemporânea do Estruturalismo de Matriz Libertária e, por consequência, da Teoria da Interdependência das Três Esferas (Ideologia-Economia-Política). Possui graduação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestrado e doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Trabalha principalmente nos seguintes temas: análise política, formação política para movimentos populares, comunicação comunitária e popular, economia política da comunicação, tecido social-produtivo, teoria democrática, pensamento político latino-americano, cultura política e análise estratégica em sentido pleno.

Pesquisador gaúcho abordará o tema Convergência Digital no Seminário Alagoano de EPC

Um dos principais nomes da Economia Política da Comunicação na América Latina, o jornalista e pesquisador Valério Cruz Brittos atua nos estudos de televisão e convergência midiática. Temas como capitalismo contemporâneo, políticas de comunicação, produção em audiovisual, padrão técnico-estético e processos midiáticos estão presentes na sua produção acadêmica, que inclui livros, artigos, textos jornalísticos, entre outros trabalhos.
 
Desde 2007, Brittos coordena o Projeto de Pesquisa TV digital terrestre: política pública, estratégias midiáticas e reconfiguração no capitalismo contemporâneo, que aponta os avanços e efeitos da digitalização da televisão no Brasil. No Seminário Alagoano de Economia Política da Comunicação, o professor estará presente no painel “Convergência Midiática e sãs possibilidades de uso popular”, onde apresentará o perfil “Convergência digital: tecnologias e conteúdos” no dia 07 de julho, às 19h.
 
Currículo
 
Jornalista, advogado e pesquisador, Brittos é professor titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), consultor da Rede de Economia Política das Tecnologias da Informação e da Comunicação (EPTIC) e vice-presidente da Unión Latína de Economía Política de la Información, la Comunicación y la Cuultura (ULEPICC-Federação).
 
O professor também faz parte do Conselho Editorial de diversos periódicos acadêmicos, do Brasil e do exterior. Já presidiu o Capítulo Brasil da União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (ULEPICC-Brasil) e coordena o GT de Economia Política e Políticas de Comunicação da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós), e o GP de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares de Comunicação (INTERCOM).
 
Grupo Cepos
 
Brittos coordena o Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade, cujo eixo estruturador de análise é a Economia Política da Comunicação, a partir da qual busca o diálogo com subsídios teóricos diversos.
 
Uma característica do Grupo é a busca de contato com a sociedade, através de participação em espaços de discussão com públicos diversos e em produções midiáticas. Funciona em articulação com outros coletivos voltados ao estudo do fenômeno comunicacional. O Cepos também possui articulação com o movimento social, especialmente na área de comunicação.
 
Na internet, mantém o Portal CEPOS, o Observatório da Digitalização, Democracia e Diversidade e o CEPOS TV, com conteúdos audiovisuais e experimentais, em dimensão pedagógica.

Pioneiro dos estudos da Economia Política da Comunicação no Brasil no Seminário Alagoano de EPC

Com a publicação na década de 1980 do livro Mercado Brasileiro da Televisão, resultado da sua dissertação e Mestrado, César Siqueira Bolaño "fundava" a abordagem teórica da Economia Política da Comunicação no Brasil, sendo um dos primeiros na América Latina, o que o situa na vanguarda internacional nos estudos comunicacionais.

Atual presidente da Associação Latinoamericana de Investigadores da Comunicação (ALAIC), César Bolaño é um dos participantes confirmados para o Seminário Alagoano de Comunicação, onde apresentará no dia 06 de julho o perfil "Mudança no conceito de Indústria Cultural", no painel de abertura do evento.


CURRÍCULO
Personagem importante tanto pela produção científica na área quanto pela capacidade de agregar pesquisadores, César Siqueira Bolaño é um dos responsáveis pela criação de uma associação (União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura/ULEP-ICC) e de um periódico científico internacional (Eptic). Preside duas instituições, ALAIC e ULEPICC, e o Conselho Deliberativo da Federação das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (SOCICOM).

César Bolaño é líder do grupo de pesquisa Ciência, Desenvolvimento e Tecnologia (CNPq/UFS) e do Laboratório de Políticas da Comunicação (LAPCOM-CNPq/UnB); e participante do Grupo Comunicação, Economia Política e Sociedade (Cepos-CNPq/Unisinos-RS). Ele tem experiência na área de Economia, com ênfase em Teoria Geral da Economia, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação, economia, economia política, informação e telecomunicações.

Atualmente, é professor adjunto nível iv da Universidade Federal de Sergipe e professor colaborador da Fundação da Universidade de Brasília do Laboratório de Políticas da Comunicação (LAPCOM) e do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Espírito Santos-ES.

César Siqueira Bolaño possui graduação em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1979), mestrado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (1986), doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (1993) e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo (2003).