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29 de setembro de 2010

Professor da USP fala sobre Intercom e objetos da EPC

Seguindo a publicação das entrevistas realizadas durante o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom) deste ano, segue abaixo a rápida conversa que tivemos com o pesquisador Ruy Sardinha Lopes, que atualmente ocupa o cargo de vice-presidente do capítulo Brasil da União Latina de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura (ULEPICC, Brasil).

Professor doutor e pesquisador da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), Ruy Sardinha é graduado e pós-graduado em Filosofia e atualmente é o coordenador executivo do Grupo de Pesquisa Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura da Intercom. Sua área de pesquisa consiste nas novas tecnologias da informação e da comunicação, das arte e cultura contemporâneas. Sobre essa área de estudo, Sardinha explica uma discussão nova sobre o assunto: a economia política das artes.


Cepcom-Comulti – Professor, como você avalia a discussão da Economia Política da Comunicação no Intercom e especialmente neste Congresso de 2010?
Rui Sardinha – Olha, eu acho que é uma área que está avançando aqui na Intercom, desde a retomada do ano passado, nós estamos conseguindo reunir um grupo de pesquisadores, de pessoas envolvidas nessa área e principalmente enfatizar a nossa preocupação de uma solidificação desse campo disciplinar, através de preocupações metodológicas e epistemológicas e principalmente também procurando estabelecer pontos de contato com outras áreas da comunicação.

CC – Falando para um público que está querendo conhecer a EPC, que não teve nenhum contato acadêmico, mas tem uma atração pelo caráter crítico do estudo, que objeto a gente poderia dizer que a EPC trabalha hoje nos seus estudos?
RS – Olha, a EPC trabalha diversos objetos. Desde as questões relativas às novas tecnologias, os desafios dessas novas tecnologias, a relação dessas novas tecnologias, por exemplo, com a questão da democratização ou então temas atuais, como a questão da digitalização, a convergência tecnológica, são alguns dos exemplos tratados pela EPC, mas não se resume a isso. Então, por exemplo, uma questão que a gente vem trabalhando atualmente, a questão de uma economia política das artes, por exemplo, então, como o trabalhador artístico se coloca nessa nova estrutura do capital; como o chamado trabalho criativo, ou trabalho intelectual, como isso é incorporado pelas estruturas de poder e economia atuais, então são diversos temas que a EPC busca considerar nas suas análises.




Por Rafael Cavalcanti e Anderson Santos

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